A exposição imersiva TendaPoema é destaque do segundo dia do FIL
- ana salles
- Oct 11
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TendaPoema, da artista Lu Lessa Ventarola, é um dos destaques do segundo dia do Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens.
No dia 9 de Outubro, ocorreu mais uma exibição do trabalho de Lu Lessa no festival. Nela, um conjunto de detalhes que chamou a atenção: costuras, cadeiras para diálogos e poesias. Com esses elementos, ela realizou seu desejo de tocar o público por meio da palavra e reivindicar por beleza, amor e justiça.
Em entrevista ao FIL, Lessa explica porque nomeou sua exposição como TendaPoema. “Na natureza, tudo tende à harmonia tal como uma poesia”, declara a artista. “Os minerais, as sementes, as vidas selvagem e humana, tudo possui tendência à pacífica harmonia”, complementa.
Na exposição, as mesas convocam a reunião de pessoas. Suas histórias e memórias são compartilhadas enquanto exercitam a atividade de bordar tecidos. Sobre este momento da exposição sensível e imersiva, a poetisa fala: “ A mesa tanto separa as pessoas em sua individualidade como convoca a união delas”. “O totalitarismo tirou das pessoas a possibilidade de dividir a vida humana”, afirma Lu Lessa, citando Hannah Arendt.
A abordagem torna-se ainda mais interessante quando toca numa conexão da obra com o paradigma do capitalismo contemporâneo. “As individualidades são suprimidas num modelo de sistema que condiciona as pessoas a não seguirem com seus sonhos reais” explica. “São como cativeiros, temos que ser eficientes de acordo com um utilidade que só serve a si mesma”. “Quem disse que precisamos disso tudo?”, indaga. Para a artista, ter esses espaços de troca não é só lazer ou entretenimento, é resistência transgressão.
Por: Júlio César, da ECO-UFRJ.








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