
A arte me leva a ser “Finalmente eu”
- ana salles
- Oct 11
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Finalmente eu de Márcio Sal é um curta-metragem que traz ao público pertencimento e empatia. Através dos seus personagens, essa experiência de realidade virtual lhe introduzirá à uma obra muito humana e gentil.
O eixo da história é Senhor Saul, um velho musicista de bordel na cidade do Rio de Janeiro que passa despercebido por todos. Este vive em completa rejeição e vergonha, que o fazem esconder a verdade sobre quem ele é. Finalmente eu, é uma história de autodescoberta e aceitação, levando Saul a se conhecer pela música e o outro. Márcio Sal convida o espectador a viver na pele deste Senhor através de uma experiência imersiva e interativa em realidade virtual que leva todos a abraçar sua singularidade com a coragem de se expressar plenamente.
O diretor criou um personagem que enxerga o mundo ao seu redor. A jornada de Saul só é possível através de relações com o outro, ao ver a sua verdade expressa no próximo. Essa verdade, interpretada com orgulho, o faz pela primeira vez em anos, se dar a paz de voltar a sonhar por uma noite. Essa experiência funde diversas formas de arte em uma só obra. Seja pela sua direção artística, que escolhe pinturas manuais para ser o carro chefe de seu visual, ou, pela atmosfera carnavalesca perfeitamente construída através de toda a sua música.
A obra traz ao público um mágico lirismo. Quem a assiste se vê em Sr. Saul. Você enxerga que em ti também já teve vergonhas ou ainda esconde a sua verdade. Essa forma de arte é um presente àqueles que sofrem, por quem são e por quem amam.
“Finalmente eu é uma obra autoral que fala muito sobre mim — e penso também sobre nós mesmos — e pulsa com a energia da autodescoberta, inspirando a busca pela felicidade. Por acreditar que a autenticidade é apaixonante.”, diz o autor ao espectador. É nítido que ele consegue passar a nós essa mensagem. Não é à toa que esse espetáculo é premiado internacionalmente. Devemos ir ao FIL, assistir e dar parabéns pessoalmente a Márcio Sal.
Por Luan Cunha, observador FIL.








Que história emocionante! Lindo texto! ❤️