Felipe Leibold e o Pequeno Cineasta: Onde Arte e Pertencimento se Encontram
- Marcelly Dias
- Oct 9
- 2 min read

Por: Sophia Santana
Se toda criança é um pouco artista, porque não também cineasta? E se eu te disser que já existe uma iniciativa que dá voz à imaginação fértil infantil? É o Pequeno Cineasta! Fundado em 2009 pela produtora Daniela Gracindo, o projeto nasceu com a oficina e se expandiu para o Festival Internacional Pequeno Cineasta. Agora, integra também a programação do FIL, com apresentação marcada para o dia 12/10, às 15h, no Teatro Sérgio Porto.

Felipe Leibold, ator e diretor, trilhou um caminho único: de aluno da primeira oficina, aos nove anos, para professor do projeto. Esse foi o seu primeiro contato com o cinema, para além de espectador, e a partir daí não saiu do caminho artístico. “Eu acho que tem esse lugar de família neste sentido desse lugar que eu pude e posso crescer junto”, afirma Felipe Leibold.
Enquanto professor, ele acredita muito na potência desse coletivo que abraça e acolhe o público infantojuvenil. “Às vezes a criança que quer fazer cinema, quer fazer arte tem dificuldade para achar um grupo. E o “Pequenos Cineastas” deu isso pra mim e eu vejo dando isso para as crianças. Achar esse lugar de pertencimento, mesmo”, destaca Felipe. Por meio da troca e da coletividade construídas nas oficinas, é criado um espaço seguro para os jovens. Esse impacto se torna ainda mais marcante na infância e na adolescência, fases de descobertas e desenvolvimento, em que propostas como essa permitem que o lado artístico e social floresça plenamente. Para o ator, a arte é justamente esse exercício de se abrir tanto pela escuta, quanto pela fala e que iniciativas como essa mostram o quanto esse processo pode ser transformador e desenvolver a sensibilidade e confiança dentro e fora das telinhas.
Entre os valores destacados por Felipe estão a honestidade e sinceridade que emanam de filmes feitos por crianças. “As pessoas pensam que são filmes infantis necessariamente e não é o caso. Às vezes são temas pesadíssimos que você, em uma ideia estereotipada do que uma criança faria, não diria que uma criança gostaria de falar sobre aquilo”. O diretor descreve o momento das oficinas como um “caos delicioso” e que o maior desafio dos adultos é estar disposto a ouvir as meninas e os meninos. Mas que nas aulas há um espaço muito aberto para as ideias dos estudantes e que os professores auxiliam e instruem, mas sempre prezam pela autonomia dos jovens.
Nesta edição, Felipe Leibold estreia no Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens atuando como diretor da peça “G de Gato” e finalizando sua última turma no “Pequeno Cineasta”. “Nós estamos muito animados, porque é um festival super especial que engloba tudo que a gente acredita em relação a arte e a potência da cultura”, enfatiza Felipe. Com esse espírito de empolgação, te convido a prestigiar e valorizar o cinema feito e produzido por crianças e adolescentes neste domingo às 15h.








Adorei!! Que legal ver alguém que cresceu com o projeto agora estrear como diretor!