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  • Writer's pictureAna Clara Thomaz

“O Poemário Visual de Gaia”: É Preciso Ver Para Sentir

Composto de cinco histórias (atos), o espetáculo se aproxima dos tempos atuais, explorando o conceito de liberdade e o confronto de sentimentos.


Pedro H. Soares e Maria Nobre


Na noite deste primeiro sábado (20) do Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens (FIL) aconteceu a segunda apresentação da multiartista Bósnia Ines Pasic. O Poemário Visual de Gaia mostra, acima de tudo, a subjetividade e o impacto que movimentos corporais simples, mas não convencionais, podem trazer à imaginação artística. Acompanhada de uma trilha sonora calma e envolvente tocada pela própria intérprete no piano, a apresentação nos faz refletir acerca da liberdade corporal, da criatividade e das inúmeras formas de expressão além da fala.


Através do movimento de mãos, braços e até mesmo de expressões visuais de Ines, o espectador é capturado por uma trama que fala sobre a expressão do corpo, amor, liberdade e os diferentes significados que cada um de nós dá ao que enxergamos. O ritmo entre a música e os movimentos que dão vida à imaginação fazem dos atos um elo entre o espectador e as sensações visuais exploradas pela artista.


O espetáculo se inicia com a artista tocando uma música tranquila no piano e acontece uma transição onde Pasic utiliza sua mão, essa que passa a ser o corpo de uma pessoa com uma cabeça de boneca e seus movimentos são similares aos da prática de Yoga. O segundo ato trabalha a dualidade entre pássaros e peixes: ele se inicia demonstrando a relação de predador e presa, porém ao decorrer da história eles criam uma conexão e começam a ver pontos em comum e criam uma relação de afeto. O final dessa segunda cena você acompanha em clicando aqui.


Ines Pasic durante a apresentação do espetáculo “O Poemário Visual de Gaia” no FIL/ Imagem: Reprodução do Youtube


A todo momento Ines deixa claro seu objetivo com as cenas: mostrar de forma sutil ao espectador que em tudo que fazemos colocamos sentimentos e criamos relações com as pessoas ao redor, mesmo sendo totalmente diferentes de nós. Alguns podem ter dificuldades para encontrar o sentido que a peça traz, já que ela foge dos padrões contemporâneos. E apesar de utilizar elementos simples para transformar os sentimentos e desejos em expressões, a artista transcreve tudo isso de forma surpreendente.


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