Pequeno Cineasta convida para uma exibição de curtas no FIL

Marcelly Dias
Oct 9
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Por: Maria Clara Torres

"Fazer cinema é uma vivência potente para quem se abre”, diz Daniela Gracindo, idealizadora do Pequeno Cineasta. O projeto, que incentiva jovens a criarem e viverem o audiovisual de forma transformadora, chega à programação do Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens (FIL) com uma exibição de curtas premiados e produzidos no Brasil e no mundo, convidando o público a se encantar com produções feitas por crianças e adolescentes.

O Pequeno Cineasta nasceu do desejo de Daniela de unir a vivência artística de sua família com seu amor por trabalhar com crianças. Durante a faculdade de cinema, ela teve a ideia inovadora de criar uma aula voltada especialmente para o público infantil - algo até então inédito no Brasil. Assim, em 2009, nasceu a primeira oficina que deu início a esse projeto, celebrando a imaginação e o potencial criativo dos jovens.

A iniciativa também desafia a noção de que cinema infantil é apenas recreação. As produções mostram que crianças e adolescentes têm a sensibilidade para criar histórias emocionantes e tecnicamente cuidadosas. No Pequeno Cineasta, elas trabalham sem amarras, são livres para explorarem suas ideias e surpreendem com soluções criativas e referências inusitadas, trazendo o frescor e a curiosidade infantil para o audiovisual. “Eu me sinto honrada por poder criar com eles. Nós adultos apenas ajudamos a organizar, mas o aprendizado vem todo da troca e não tem como não validar isso.” , conta Daniela.

Ao imaginar-se como uma criança participando do projeto, a criadora se reconecta com memórias afetivas de seu passado, revelando que produziria um filme baseado na história de sua avó, a atriz Marisa Sanches. Essa lembrança mostra como o Pequeno Cineasta também é uma ponte entre memórias e inovação, onde a imaginação e experiências de vida se encontram.

O público está convidado a prestigiar a exibição do Pequeno Cineasta no FIL, que acontecerá dia 12 de outubro, no Teatro Sérgio Porto, às 15h. Esta é uma oportunidade única para se abrir à criatividade e se encantar com histórias que só os olhos das crianças podem revelar.

Por Maria Clara Torres, estudante de Jornalismo da UFRJ e observadora FIL.